Sobre

O Laboratório de Evolução de Organismo Meiofaunais surgiu com o intuito de fomentar pesquisas zoológicas de grupos zoológicos muito pouco estudados no Brasil e no mundo, i.e. organismos meiofaunais de água doce e marinha. Para isso, o laboratório conta com pesquisadores e alunos com as mais diferentes expertises (sistemática filogenética, filogenia molecular, ecologia, biologia molecular) para entender os mais diferentes aspectos evolutivos e biogeográficos dos organismos meiofaunais dulcícolas e marinhos.

Linhas de pesquisa

Sistemática, Filogenia e biogeografia de Gastrotricha de água doce, limnoterrestre e marinho

O filo Gastrotricha é composto por pequenos microinvertebrados aquáticos acelomados de vida livre encontrados encontrados no ambiente intersticial marinho e de água doce (neste ambiente também são encontrados no perifíton e entre raízes de plantas aquáticas) e raramente limnoterrestres. Estes animais movem-se ativamente por meio de batimentos de cílios locomotores arranjados em duas colunas ventrais paralelas desde a cabeça até a porção final do corpo, de onde se origina seu nome (gr. gaster “ventre”, trichos “pelos) Apesar de pouco estudos no Brasil, já foram descritas e identificadas mais de 90 espécies no Brasil.

Sistemática, Filogenia e biogeografia de Tardigrada limnoterrestre

Grupo de organismos distribuídos mundialmente e comumente encontrados em habitats terrestres e no mesobentos de ambientes aquáticos, de zonas tropicais a desertos áridos polares, de topos de montanhas a profundidades abissais nos oceanos, sendo encontrados em musgos e liquens (limno-terrestres), em sedimentos dulcícolas ou marinhos. São conhecidos como “ursos d´água” e pela capacidade de suportar condições ambientais extremas por meio de estratégias de dormência quando as condições ambientais são desfavoráveis, como baixas temperaturas, dessecação, baixa concentração de oxigênio e variações de salinidade. No Brasil, foram realizados vários estudos com os tardígrados no período de 1930 a 1950 e somente recentemente este táxon voltou a ser estudo por pesquisadores brasileiros.

Sistemática e Filogenia de Kinorhyncha

O filo Kinorhyncha (kinein, mover + rhynchos, bico) é composto exclusivamente por metazoários marinhos e de vida livre, que habitam sedimentos arenosos ou lamacentos, desde a zona entremarés até as profundezas abissais em todo o mundo. A taxonomia dos quinorrincos brasileiros é praticamente desconhecida, já apenas cinco espécies foram publicadas até o momento e pouquíssimas praias no estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro foram amostradas.

Sistemática e Filogenia de Loricifera

Animais marinhos de vida livre, distribuídos por todo o mundo em uma ampla gama de profundidades (desde águas rasas com areia grossa até milhares de metros em fundos marinhos lamacentos), sendo este grupo o antepenúltimo filo descrito para os animais. Após a descrição da primeira espécie em 1983, novas espécies foram rapidamente descobertas em oceanos no Hemisfério Norte, mas até hoje poucos registros deste grupo foram feitos no Hemisfério Sul (como exemplo, para a costa brasileira, a primeira espécie foi descrita apenas em 2023).

Sistemática e Filogenia de Polychaeta meiofaunal de água doce

Anelídeos dulcícolas, originalmente classificados como um Oligochaeta, mas considerado hoje como integrante dos Polychaeta. São facilmente reconhecidos pela cabeça arredondada (na forma de espátula) e ciliada e pelas glândulas epidérmicas coloridas (p. ex. amarelas, alaranjadas, vermelhas ou verdes). Esse grupo foi estudo pelo casal Ernest e Evelinae Marcus na década de 40 e posteriormente não foi mais alvo de nenhum novo levantamento

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